Quem somos

O GEAT (Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas) surgiu em 2006, a partir da necessidade de tentar compreender como o crescente uso da internet e dos jogos eletrônicos estava influenciando a saúde mental e física de crianças e adolescentes. Naquela época os estudos científicos ainda eram poucos e traziam uma visão da internet como “o novo vilão da sociedade pós-moderna” (papel que em outras épocas havia sido do rádio, do telefone e da televisão, mantendo a velha tradição humana de identificar seus problemas como externos e não internos).

Desde então, a internet tem feito cada vez mais parte das nossas vidas, e principalmente da vida dos jovens, que têm na rede um incrível instrumento de aquisição de conhecimento e cultura, de comunicação e também de lazer. Já não pensamos sobre a internet como algo que irá destruir nossa sociedade, mas sim como um reflexo desta – e de nós mesmos – tanto em seus aspectos positivos e úteis, quanto nos mais indesejados.

Junto com a consolidação da internet vimos também o grande desenvolvimento dos jogos eletrônicos, numa proporção e sofisticação inéditas. Os games atuais são desenvolvidos com base nos complexos mecanismos de recompensa que mantêm os indivíduos (principalmente os mais jovens) por muito mais tempo “ligados” no jogo, e as próprias redes sociais têm utilizado estratégias de “gamificação” pra fidelizar cada vez mais seus usuários. O foco sobre um público cada vez mais jovem, junto com a falta de uma discussão crítica e ampla sobre o assunto, impõe um desafio cada vez maior para os pais e professores de crianças e adolescentes nascidos num mundo muito digital.

Embora a pesquisa científica sobre a dependência de internet e jogos eletrônicos tenha evoluído muito, vamos sempre conviver com o incômodo do não saber imposto pelo ritmo frenético da evolução tecnológica. O desafio de se manter atualizado em relação ao uso que os jovens fazem das tecnologias e à produção científica sobre o tema (sem perder de vista as invariâncias do desenvolvimento e a complexidade do comportamento humano) exige uma abordagem multidisciplinar, sem a qual corremos o risco de cair num discurso “adultista”, reducionista e, consequentemente, preconceituoso..

 

Seguindo essa ideia e aproveitando o potencial da própria internet, o GEAT objetiva ajudar pais, professores e profissionais da saúde a estarem mais preparados para lidar com o desafio de criar e preparar seus filhos para um futuro imprevisível e cada vez mais tecnológico. O acesso a informações confiáveis e atualizadas sobre as implicações do uso de novas tecnologias na saúde pode facilitar essa tarefa, desde que isso ocorra de modo crítico e levando em consideração a complexidade deste fenômeno e do próprio ser humano.

O site “Dependência de Tecnologia” é o resultado do trabalho de profissionais das áreas da psiquiatria, psicologia, nutrição, tecnologia da informação, comunicação, antropologia e educação. Ele trará informações atualizadas sobre o uso problemático de jogos eletrônicos, redes sociais, smartphones e outras tecnologias, assim como sobre as possíveis implicações do uso dessas tecnologias na saúde mental e física das pessoas. Acreditamos que um conhecimento com crítica sobre o que está acontecendo possa ser um modo bastante útil para que pais, educadores e outros profissionais de saúde consigam compreender, tolerar e ajudar os jovens de hoje.

Membros

Foto_Daniel_Spritzer

Daniel Tornaim Spritzer

Médico psiquiatra, especialista em psiquiatria da infância e adolescência (HCPA/UFRGS). Mestre e Doutor em Psiquiatria e Ciências do Comportamento pela UFRGS. Coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas (GEAT).

Membro da diretoria da International Society for the Study of Behavioral Addictions (ISSBA). Participa do grupo de trabalho da Organização Mundial de Saúde sobre uso problemático de jogos digitais. 

Foto Aline

Aline Restano

Psicóloga.  Especialista em infância e adolescência pelo CEAPIA. Especialista em psicoterapia de orientação analítica pelo CELG. Membro Aspirante da SPPA. Vice-Coordenadora do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas (GEAT)

Foto Alessandra

Alessandra Paschoal   

Psicóloga e pedagoga. Especialista em psicologia escolar, orientação educacional, psicopedagogia e psicoterapia/intervenção familiar. 

Foto Bruno

Bruno Sperb

Psicólogo pela PUCRS. Especialista em infância e Adolescência pelo CEAPIA. Mestre em Psicologia Social e Institucional (LEC/UFRGS). Especialista em psicoterapia de orientação analítica pela Fundação Mário Martins. 

 

Foto Felipe K

Felipe Luce Kruse 

Começou sua carreira profissional como publicitário, tendo a formação académica pela PUCRS e trabalhando como fotógrafo. Após alguns anos, fez a faculdade de psicologia na PUCRS e formação em psicoterapia de orientação psicanalítica pelo IEPP.

Foto Felipe P

Felipe Picon

MD, PhD. Psiquiatra da infância e da adolescência (HCPA/UFRGS). Pesquisador em Neuroimagem do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) do Ambulatório de pesquisa em TDAH em Adultos do HCPA/UFRGS.

Foto Juliana

Juliana Rausch Potter

Psicóloga, especialista em terapia de casais e famílias e em terapia cognitivo comportamental pelo Infapa (Instituto da Família de Porto Alegre). Professora colaboradora do CEFI (Centro de Estudos da Família e do Indivíduo) nos cursos de Especialização em processos psicológicos do luto e de Terapia sistêmica. Tem experiência clínica com indivíduos e famílias com ênfase em formação e rompimento de vínculos.

Foto Laura

Laura Magalhães Moreira

Médica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialista em Psiquiatria e em Psiquiatra da Infância e Adolescência pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Especialista em psicoterapia de crianças, adolescentes e adultos pelo Centro de Estudos Luís Guedes (CELG).

wolf

Laura Wolf de Souza Mondrzak 

Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Psicoterapia de Orientação Analítica da Infância e Adolescência pelo Centro de Estudos Atendimento e Pesquisa da Infância e Adolescência (CEAPIA). Especialista em Psicoterapia de Orientação Analítica pelo Centro de Estudos Luís Guedes (CELG).  

Foto Marina

Marina Balem Yates 

Psicóloga. Mestre em Psicologia Clínica pela PUCRS. Especialista em Terapias Cognitivo-comportamentais pelo InTCC 

Foto Rafael

Rafael Karam 

Psiquiatra. Mestre e doutor em psiquiatria pela UFRGS. Membro aspirante na SPPA. Professor do curso de especialização em psicoterapia de orientação analítica do CELG/UFRGS. 

Foto Vitor

Vitor Breda

Médico Psiquiatra. Especialista em Psicoterapia de Orientação Analítica pelo CELG. Mestre e Doutor em Psiquiatria pela UFRGS. Postdoctoral Fellow em Psiquiatria pela Queen’s University (Kingston, Canada).  

Foto Vivian

Vivian Vaz 

Psicóloga (PUCRS). Especialista em Terapias Cognitivo Comportamentais na Infância e Adolescência (InTCC). Mestra em Psiquiatria e Ciências do Comportamento (UFRGS).

13 de novembro de 2012

Definições: o que é dependência de tecnologia?

Junto com o “boom” da internet e o incrível desenvolvimento dos jogos eletrônicos, aumentaram as preocupações acerca das possíveis consequências negativas que o uso intenso dessas […]
13 de novembro de 2012

Sintomas: como identificar?

A dependência de jogos digitais é o subtipo de dependência de internet mais estudado na literatura científica. Isso reflete o reconhecimento cada vez maior de que […]
13 de novembro de 2012

Causas: é possível saber por que acontece?

Para que um determinado transtorno mental se desenvolva, é necessária a combinação de uma predisposição genética com determinados eventos do meio ambiente. Esses eventos, que podem […]