Junto com o “boom” da internet e o incrível desenvolvimento dos jogos eletrônicos, aumentaram as preocupações acerca das possíveis consequências negativas que o uso intenso dessas tecnologias poderia causar. Boa parte desse medo vinha das semelhanças que o uso intenso da internet e dos jogos eletrônicos tinha com o uso de drogas e outros comportamentos de dependência.
Dependência
De fato, as semelhanças não são poucas. É bastante comum observarmos que algumas pessoas têm a necessidade de passar cada vez mais tempo conectadas. Elas priorizam este comportamento de modo a colocar em risco outras situações/relacionamentos importantes, persistem com o uso apesar das consequências negativas que ele acarreta, apresentam sintomas emocionais e físicos importantes quando impedidos de usar a internet, etc.
Dependência de Tecnologia
Do ponto de vista clínico, considera-se Dependência de Tecnologia (do inglês “technological addiction”) quando o indivíduo não consegue controlar o próprio uso da internet/jogos/smartphones, ocasionando sofrimento intenso e/ou prejuízo significativo em diversas áreas da vida.
Quais os tipos de dependência de tecnologia?
Obviamente não faz sentido pensarmos que dependência de tecnologia é tudo a mesma coisa, pois as tecnologias são muito diferentes entre si e as pessoas são mais diferentes ainda. No início o foco estava nos aparelhos utilizados, e se falava bastante em dependência dos computadores e dos videogames. A internet mudou bastante esse cenário, e a expressão dependência de internet foi por muito tempo a mais utilizada tanto na imprensa leiga, como na literatura científica.
Atualmente a abordagem mais utilizada é estabelecer subtipos de dependência de tecnologia de acordo com as diferentes opções de uso que ela proporciona. Do ponto de vista clínico, os principais subtipos de dependência de tecnologia são: dependência de jogos eletrônicos, de redes sociais e de pornografia online.